sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Artigo 3: Aonde estão os produtores musicais dessa cidade?


Autor: Guedryan Silva Rezende


Você que é músico já deve ter realizado a seguinte pergunta “Aonde estão os produtores musicais dessa cidade?” ou “Espero que no show tal estejam olhando as melhores bandas para a minha ser selecionada.” e coisas do gênero, pois todos nós em algum momento acreditamos que no mundo da música existem produtores e afins que estão em busca de novos talentos e esperamos cair do céu uma “fada madrinha do rock” bater na porta das melhores bandas da cidade, mas isso acontece mesmo?

A falsa ilusão de que as bandas terão um produtor musical que as observem e as selecionem para a fama gera frustações na maior parte das bandas, pois faz com que as bandas gerem uma dependência de um sonho que raramente acontece e tira o foco da verdadeira função que toda banda precisa desempenhar, que é gerenciar sua própria carreira musical, aonde cada banda precisa tomar as rédias de sua carreira e planejar, elaborar e executar os melhores passos para o seu próprio sucesso.

O sucesso de uma banda esta diretamente relacionado ao seu gerenciamento de carreira, pois engana-se quem pensa que basta ter uma boa música, pois existe diversos fatores que são necessários para que a sua música chegue de maneira eficiente no ouvinte, seja o marketing, seja gerenciamento de shows, gerenciamento de imagem visual da banda e etc. Toda banda precisa gerenciar os fatores que fazem a sua música chegar no ouvinte, esperar que o ouvinte no mar de bandas que existem, descubra a sua banda por conta própria é contar com a sorte, e sorte é a soma de oportunidade mais capacidade, então precisa fazer a sua banda ter o máximo de oportunidades aproveitadas com a capacidade de apresentar um bom material, mas esperar pela sorte vazia, não adianta, tome as rédias da sua banda, observe a divulgação, cuide das suas redes sociais com foco no alcance de pessoas, trate os seus shows com zelo, não se habitue a somente tocar nos shows, pois isso pega mal para a sua banda, o público não vai lembrar do nome do produtor do evento, mas o nome da banda eles sempre lembrarão, seja um show bom ou ruim, que nesse último caso sempre lembram.
Gerencie a sua carreira, gere planos para sua banda, administre o seu sonho, uma banda é um sonho, então faça a sorte acontecer, não espere a “fada madrinha do rock” aparecer e num toque de mágica lhe dar fama, trilhe a fama do jeito certo e não desanime, uma banda de sucesso precisa obter experiência, para poder merecer o sucesso.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Artigo 2: MICROFONIA (parte 1)




Por antecipação aviso que as opiniões descritas aqui são completamente tangíveis de crítica, repudio ou aceitação, cabendo a você leitor construir a sua própria interpretação do comentário, isso é um aviso, pois concordando ou não essa é apenas uma forma de pensar.

Em um desses eventuais momentos de leseira baré estava eu à toa na vida, ocioso como quase sempre e pensei...  ‘’Faz tempo que eu não ouço o rádio seria uma boa distração’’. Para infelicidade dos meus ouvidos ativei a rádio pelo meu celular e tive a surpresa de ouvi três músicas  em sequência que mudaram o rumo da minha vida e consequentemente originaram a ideia para esse texto...
A primeira música começava assim: Tchê Tchê rêrê Tchê Tchê. A segunda: Tchu Tcha Tcha Tchu Tchu Tcha, e por fim a terceira: BÁRÁ BÁRÁ BÁRÁ  BÊRÊ BÊRÊ BÊRÊ.  Agora  leitor se ponha a imaginar: uma boca aberta;  um par de olhos entreabertos;  uma testa franzida. Isso foi tudo que consegui esboçar, no momento essa foi a minha reação mais espontânea e decepcionada que tive em anos como ouvinte.


Ficar frustrado seria o início do redemoinho, pois a repercussão que músicas assim tomam é gigantesca pelo fato da rádio ser em um meio de comunicação em massa. Como compositor ri e tentei analisar esse acontecimento musical que vivenciei.
Deixe-me explicara melhor, independente da qualidade que a música possui, passa, carrega, ou transmite como mensagem o que se tem como produto final é um bem de consumo (a música) destinado a consumidores específicos (o público). Nesse caso músicas como as citadas anteriormente são massivamente disseminadas pela identificação que o público tem com a música, o que me leva a inquietação de perguntar: Que porra é essa Brasil?
Como entender músicas assim? De onde elas vêm?  Para onde elas vão? Mistérios como esses podem ser compreendidos um pouco mais através do das simplórias equações matemáticas que vemos abaixo:

Música + letra (boa) = Música Boa.Música + letra (boa) + identificação/público = Sucesso e homenagem no Som Brasil (rs).

Músicas como as que eu ouvi na rádio nesse caso ocorrem com esses tipos de equações:

Música + Dancinha Estranha + identificação/público = Tchê Tchê rêrê Tchê Tchê, Tchu Tcha Tcha Tchu Tchu Tcha. BÁRÁ BÁRÁ BÁRÁ  BÊRÊ BÊRÊ BÊRÊ.
Música + Identificação em massa do público= Tchê Tchê rêrê Tchê Tchê, Tchu Tcha Tcha Tchu Tchu Tcha. BÁRÁ BÁRÁ BÁRÁ  BÊRÊ BÊRÊ BÊRÊ.

Além do óbvio de saber que o ‘‘sucesso’’ algumas vezes não vem acompanhado de  ‘‘talento’’ as últimas equações  mostram nitidamente a ausência de (Letra) ou  ‘‘conteúdo”  o que para alguns é dispensável para outros tantos é parte vital de algumas músicas.
A cultura de aceitação dada a isso que chamamos de cultura é vasta, estranha, mas acima de tudo democrática, por esses  motivos músicas assim existem e conquistam  seu espaço na grande massa. Existe um público alvo para cada produto oferecido, logo, músicas  assim: existem porque públicos  assim também existem.
Cada um ouve o que quer e não há mal algum nisso,  afinal de contas ainda existem músicas boas para se ouvir na rádio... eu acho...rs.
Agradecimentos especiais, Família Teló, e Gustavo Lima aquela dupla que eu nunca lembro o nome... Aquele abraço¬¬